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O 5G é uma invenção chinesa?

By on nov 16, 2020 in 5G, Tecs | 0 comments

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Absolutamente não. Veja o artigo “Quem inventou o 5G”. A dúvida surge porque a Huawei, uma empresa chinesa, faz parte do grupo de padronização do 5G, e tem trabalhado fortemente para ter os seus produtos disponíveis no mercado antes e um custo mais baixo dos outros fornecedores. Isso deu a ela uma vantagem competitiva no mercado, e várias operadoras têm selecionado a Huawei como seu fornecedor de rede, não apenas no 5G, mas também para as tecnologias 2G, 3G e 4G.

Ainda assim, a padronização das redes 5G envolve um grupo bastante grande, compostos por empresas e operadoras de todo o mundo.

A disponibilidade rápida dos equipamentos Huawei acendeu um alerta no mercado americano, em um tempo de grande disputa econômica entre estes dois países. As possíveis relações da Huawei com o governo da China são o combustível que faltava para incendiar a discussão.

Na verdade parece estranho que essa dúvida toda tenha surgido somente agora, com o 5G. A preocupação com segurança das redes deve envolver toda a tecnologia de telecomunicações, e não apenas as redes móveis. Não é segredo que, em momentos de tensão política, há tentativas de invasão e derrubada de sistemas financeiros, sites de entidades governamentais entre outras.

Pessoalmente, não acredito que a Huawei seja mais perigosa do que qualquer outro fornecedor – vide toda a questão envolvendo o Snowden e a NSA. Sempre haverão métodos de quebra de sigilo na comunicação. Alguns destes métodos são brechas acidentais. Outros, são ferramentas intencionais.

Veja também o artigo “Quem ‘inventou’ o 5G?

Outro tema relevante é a perda da capacidade norte-americana de liderar o desenvolvimento na área de telefonia celular. Isso se deve em grande parte a uma forma de trabalhar pouco colaborativa, e visando a geração de patentes – que é oposta à necessidade de compartilhamento de informações e ideias, que é mais natural na cultura europeia e totalmente necessária em um grupo de desenvolvimento de padronização. Escrevi sobre isso no artigo “Os irmãos Wright, Santos Dumont e o celular“.

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