É conhecida a analogia de que a igreja é um grande hospital. O próprio Jesus falou sobre isso, quando disse que “não precisam de médicos os sãos, mas os doentes”. Quando buscamos a Deus através da instrumentalidade de uma comunidade, estamos assumindo nossa posição como pacientes, entendendo que precisamos da comunidade para prover a nossa cura. A cura que vem pela ação do Espírito Santo, nos transformando para sermos cada vez mais semelhantes a Jesus, nosso alvo. Esse é o nosso tratamento.
Porém o curioso deste hospital é que os médicos e os enfermeiros também estão … doentes! Também precisam de cura. Alguns tossem, outros estão anêmicos, ou até em cadeiras de rodas. Isso faz sentido?
Essa situação acontece quando identificamos as falhas e defeitos naqueles que estão nos ajudando. Imaginamos que, pelo fato de serem doutores, devem ser totalmente sãos. Mas, como nós, também estão em tratamento.
Talvez a única vantagem que estes médicos tem, se isso é considerado uma vantagem, é o fato de eles terem mais informações sobre como obter a cura, quais os procedimentos a serem feitos, quais os medicamentos a tomar. Porém eles também precisam da cura. Eles podem ter outra doença que o paciente, ou até a mesma, em um nível maior ou menor.
Essa é uma das realidades da igreja. Por que nos causa espanto o fato de líderes da comunidade falharem? Por que achamos que eles devem ser perfeitos em tudo? Cada pessoa tem as suas dificuldades, sua história, seus desafios, seus pecados. Seus desafios a superar, suas manias a abandonar.
Os líderes da igreja também precisam de cura – eles tem os mesmos tipos de defeitos que nós. Em alguns casos até em grau maior do que os nossos. O fato de eles saberem como aplicar os tratamentos, não quer dizer que já estejam totalmente sãos.
Todos estamos em tratamento.